domingo, 30 de março de 2014

CAPITÃES DA AREIA

RESUMO


            O livro "Capitães da Areia", de Jorge Amado, narra a história de um grupo de crianças abandonadas e a luta delas para sobreviverem nas ruas de Salvador, capital do estado da Bahia.
            O grupo contém mais de cinquenta meninos e eles vivem em um trapiche abandonado na praia. 
            Pedro Bala, filho de um grevista morto no cais, é o mais corajoso e capacitado para ser o líder do grupo. Professor, outro menino, era o único que sabia ler. Contava histórias para o grupo a luz de velas. Possuía grande talento para desenhar. Com isso ganhava algum dinheiro desenhando casais, nas ruas da cidade. “Gato”, vaidoso, elegante, e com ginga de malandro, era o mais bonito de todos. Apaixonou-se por uma prostituta com quem mantinha um caso. “Sem-Pernas” era um garoto coxo, que servia de espião, fingindo-se de órfão desamparado (e numa das casa que vai é bem acolhido, mas trai a família ainda assim) para roubar, mesmo sem querer fazê-lo de verdade. “Volta-Seca”, afilhado de Lampião, tinha ódio das autoridades. Desejava ardentemente  tornar-se cangaceiro. Foi responsável pela mudança de “Pirulito”. Juntamente com os conselhos do amigo e por meio dos ensinamentos dos padres, “Pirulito” buscou uma vida mais correta, abandonando o roubo.
            Também fazia parte do grupo: “Boa-Vida”, garoto esperto que sempre participava dos assaltos e “Querido-de-Deus”, capoeirista, amigo de Bala.
A polícia perseguia os Capitães e a maioria das pessoas não gostava deles. Recebiam ajuda de D. Aninha, uma negra, praticante de Candomblé; de João da Adão, um grevista do cais. Também eram ajudados  pelo Padre José Pedro, castigado por seus superiores por ter se envolvido com o grupo e por ter escondido um dos meninos que contraíra a varíola.
            Com a epidemia dessa doença, morre a mãe de Dora e Zé Fuinha, ficando os dois sozinhos no mundo. Assim eles ingressam no grupo, onde, com o tempo, Dora passa a ser considerada a “mãe” dos mais novos e “mana” pelo outros. Para Pedro Bala, Dora era a noiva e ela retribuía.
            Após um assalto em que foram apanhados, Pedro vai para o Reformatório, onde é duramente castigado e Dora vai para o orfanato. O grupo se une e liberta os dois. Entretanto, Dora fica muito doente e vive poucos dias. Antes de morrer, ela e Pedro conseguem consumar o amor dos dois.  Pedro imagina então que ela transforma-se em uma estrela.
            Depois disso, cada um segue a própria vida. Padre José Pedro ganha uma capela e “Pirulito” vai  com ele, pois quer ser religioso. “Sem-Pernas” morre ao fugir da polícia. “Volta-Seca” vai atrás do bando de Lampião e torna-se um cangaceiro sanguinário. É preso e condenado por mais de trinta e cinco mortes. “Gato” vai com a prostituta Dalva para Ilhéus, cidade do sul da Bahia. “Boa-Vida” passa a viver em farras, amando cada vez mais a sua terra, Bahia. Professor vai para o Rio de Janeiro e torna-se um pintor. Os demais Capitães da Areia envolveram-se em greves e lutaram a favor do povo. Pedro Bala vai embora a pedido de Alberto, um estudante, para organizar os índios maloqueiros de Aracaju, capital do Estado de Sergipe. Barandão é o novo líder dos Capitães.
            Anos depois, Pedro Bala transforma-se em um ícone da luta do povo e todos clamavam  por ele.

Trabalho avaliativo apresentado à disciplina Língua Portuguesa do Curso de Letras
 - FAPAM - Professora Cristina Mara
Créditos: Muito Bem!

Lécia Conceição de Freitas

RESENHA DE ARTIGO SOBRE CONCEITO DE ÉTICA


 Recomeço

            O autor, Peter Singer, observa que o pluralismo reserva um espaço para o resgate de um ideal estóico da dignidade moral em práticas da automodelação virtuosa encontradas em discursos eruditos e em leituras de autoajuda. Isso pode repercutir na formulação de uma verdadeira política pública de reversão de práticas imorais e antiéticas. Embora pareça impossível reverter o consumismo desenfreado, o sábio concilia elementos de autoeducação e autocontenção relevantes na hora de formular estratégias morais e políticas para o presente.
            O estudioso afirma que isso só é possível em pessoas hígidas mentalmente. Pode-se acrescentar: em pessoas sensíveis e de boa vontade, preocupadas com o destino do mundo. Porém, pretender que os jovens se interessem pelo assunto a ponto de realizarem mudanças é utópico, uma vez que a maioria deles ignora e despreza os valores éticos e morais. Para revigorar o ideal de dignidade humana, faz-se necessário que a humanidade lúcida restante apresente-o aos pequeninos, os únicos, realmente capazes, devido à virtude e probidades ainda intactas de proliferar em si mesmos e nos outros a cultura de uma vida mais ética, voltada ao bem de todos.
          Nesse sentido, é essencial operar nas crianças a formação do juízo crítico reflexivo, capaz de ajudá-las no discernimento entre o certo e o errado, o bem e o mal.
             Fica a pergunta sobre a viabilidade de um novo contrato social com finalidades éticas.
       Diante da realidade do mundo em que se constata a falta de ética em todas as dimensões do viver e fazer humanos, torna-se imprescindível um novo contrato social, visando aprimorar e desenvolver o sentido moral do comportamento e assim, influenciar a conduta humana. A formulação desse novo contrato, organizado e protagonizado por indivíduos hígidos mentalmente, deve ter a adesão de todos os segmentos da sociedade, inclusive o Estado na elaboração e cumprimento de leis mais justas e abrangentes a todos os cidadãos; as Instituições Religiosas, no sentido de colaborar na observância e disseminação dos princípios; os profissionais da Educação comprometidos com a verdadeira essência da profissão que é a de formar cidadãos plenos e capazes; e, principalmente, a família, que deve se encarregar de transmitir, e exemplificar, às crianças e jovens, todos os valores morais e éticos necessários para a sobrevivência  harmônica da Humanidade. Somente dessa forma seria viável um novo contrato com finalidades éticas, começando pela base, incutindo nos pequeninos o sentido primordial da ética: a universalidade do Bem.

Trabalho avaliativo apresentado à disciplina Ética do Curso de Letras - FAPAM -
Professor: Geová Nepomuceno
Créditos: Total, OK!


Lécia Conceição de Freitas

A Expansão da Língua Portuguesa


   A Língua Portuguesa é uma das cinco mais faladas no mundo. Cerca de 180 milhões de indivíduos utilizam-na sendo a língua oficial, em pelo menos, um país de cada continente. São eles: República de Angola, República Federativa do Brasil, República de Cabo Verde, República da Guiné-Bissau, República de Moçambique, República Portuguesa, República Democrática de São Tomé, e Príncipe e República Democrática de Timor-Leste.
      Pertencente ao grupo das línguas românicas, a língua portuguesa teve sua origem no latim falado que se expandiu devido ao espírito de organização e poderio de Roma.
     No Brasil, foi imposta pelos colonizadores portugueses, embora houvesse, naquela época, outras línguas, das diversas tribos indígenas existentes e, em seguida, as múltiplas línguas africanas com achegada dos escravos. Também é devido a um processo de colonização que os outros países falam o nosso idioma e é este o único ponto em comum. Cada um deles tem seus costumes, sua cultura, suas crenças, etc.
    Embora sendo países distintos e distantes uns dos outros e apesar do  uso constante de outras línguas, dialetos e variantes linguísticas, a Língua Portuguesa tornou-se oficial nesses países devido ao poderio econômico e cultura mais avançada no país de origem.

Primeiro trabalho avaliativo apresentado à disciplina Língua Portuguesa do 1º Período do Curso de Letras - FAPAM - Professora Cristina Mara
Créditos: Muito bem!

                                                                                                                  Lécia Conceição de Freitas

sábado, 29 de março de 2014

A ÁGUA


        A questão da água em Pará de Minas perpassa por fatores políticos e humanos, os quais não nos são dado conhecer, apurar. Nós, a plebe ignara.  Há poucos dias falei  sobre isso referindo-me à água desperdiçada durante o carnaval, quando lavaram a avenida. Porém, acredito que o caso é mais complicado do que parece. Resta-nos rezar, pedindo aos céus que incuta bom senso aos responsáveis pela resolução do problema. E que faça bom uso dele.
        É fato que, realmente, a água está bem escassa. A edição da Revista SuperInteressante, desse mês de março, apresenta uma reportagem extensa e esclarecedora sobre o assunto. O autor, Salvador Nogueira,  faz um estudo, voltando  no tempo, para entender as causas das mudanças climáticas, aqui e em outras partes do mundo. Além disso, ele se baseia em pesquisas e dados do “Projeto Primo”, coordenado por José Marengo, climatologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e dos pesquisadores do Painel Intergovernamental para Mudança Climática (IPCC) órgão da ONU. Os resultados são alarmantes, assustadores. Não é preciso ser estudioso ou entendido do assunto para perceber a gravidade da situação. E pelo visto, não há muito  a ser feito. Nesse caso, também devemos rezar, pedindo clemência pelas “lambanças” e estragos que fizemos ao planeta, pois, as conseqüências, sem dúvida,  podem levar a Humanidade ao mais completo caos. Naturalmente, uma delas é a falta d’água.
        Ainda assim, existem os céticos. Aqueles que acreditam que a água nunca vai acabar, que amanhã vai chover e tudo será resolvido. Que o nosso, é um país abençoado, que essas coisas só acontecem lá fora. Ledo engano.
        É fato que a água não vai acabar. Os fatores que possibilitaram a existência da água na Terra não sofrerão um retrocesso. A quantidade de água será sempre a mesma, porém ela será cada vez mais cara. Com o aumento da população e com as consequências de ações estritamente humanas, ficará cada vez mais escassa deixando de existir em algumas regiões o que provocará a desertificação, como já acontece em alguns pontos do Brasil, por exemplo          E existem os ignorantes. Vejo, por toda a cidade, as pessoas armazenando água. Penso que isso, além de ser uma falta de caridade, é também uma falta de consciência, total, sobre o problema. Enquanto a água está abastecendo as caixas de reserva nas partes mais baixas, ela não é suficiente para alcançar as partes mais altas da cidade. Grande parte da população fica prejudicada. Além disso, quando se armazena a água, cria-se uma ilusão de “já que temos de sobra podemos gastar”. Ainda se vê pessoas lavando quintais, passeios, carros... Aqui, no bairro São José, e em outros, também elitizados, como a região mais nobre  do São Francisco, além do Centro, é comum vermos água escorrendo pelo meio-fio.  E assim, não há economia; não há racionamento, efetivamente. 
     A sociedade deve se lembrar que a saúde está relacionada, intimamente, com a higiene. As pessoas, sem grandes recursos financeiros, que já lutam com uma Saúde precária,  não têm condições de arcar com mais esse ônus. Todas aquelas situações vistas pela mídia em regiões do mundo todo, e mais perto de nós como o Vale do Jequitinhonha, agora é real. Nesse momento, não vão adiantar doações tais como aquela roupa que você não usa mais, o brinquedo do filho que cresceu, a cesta de mantimentos dedutível do Imposto de Renda, etc. É hora de agir com Justiça e pensar no outro, de verdade. Pense que  cada litro d’água que você usa para deixar sua casa, seu carro, mais cheirosos e confortáveis, pode salvar a vida de alguém.

Lécia Conceição de Freitas



Bem que diziam


      Outro dia falei que ainda restam periquitos. É verdade! Mas, desses, de hoje, devem restar muito  mais, pois,  sempre os vejo, e ouço, por aí. O que é uma alegria,  nesses tempos cada vez mais loucos e empedernidos. E havia um, em alguma árvore, do Campo Santo. Indiferente à dor de quem estava ali, velando algum ente querido, cantava!
       Creio que ninguém sabia o que ele tinha visto. Na verdade, não pareciam interessados. Cada um cuidava de sua vida, os passantes, os moradores. Não queriam saber da vida alheia. Mas ele trinava alegremente! Talvez quisesse chamar a amada ou algum companheiro. Ou, simplesmente, cantar a manhã. O fato é que ele cantava e bem dizia.
     O pequeno cantor mudava de pouso e, assim, durante todo o tempo que levei para atravessar o quarteirão conseguia ouvir.   Acontecimento tão inusitado, no entanto, passava despercebido. Não se sabe por quê. Talvez essa proximidade cotidiana  tenha transformado o insólito  em algo banal e por isso não chamava a atenção. Hoje em dia, nem as crianças os caçam mais. Antigamente, havia alçapões, visgos, gaiolas, estilingues... Artefatos completamente desconhecidos pelos meninos, na atualidade.  Andam tão atarefadas com as novas tecnologias que desconhecem esse “prazer” dos ancestrais. Ainda bem, que para alguma coisa serve esse progresso!
        Descendo a rua, o trinado misturou-se ao barulho proveniente dos automóveis. Ainda que tentasse não consegui mais distinguir. Permaneceu lá, ao longe... Mas o certo é que me tocou. Não posso dizer que me alegra. Fica sempre uma tristezazinha, uma saudade de algo que não tive, de alguma coisa que não vivi.
      O que conforta é a certeza de que o encontrarei novamente. Esse ou aquele, vou, sempre, buscar  seu canto. E maravilhar-me!...

                                                                                                                Lécia Conceição de Freitas