sábado, 31 de janeiro de 2015

Aspectos Biopsicológicos da Educação Infantil ---3

Behaviorismo

            Behaviorismo também conhecido como comportamentalismo, é uma área da psicologia, que tem  o comportamento como objeto de estudo.Surgiu como oposição ao funcionalismo  e estruturalismo, e é uma das três principais correntes da psicologia, juntamente com a psicologia da forma (Gestalt) e psicologia analítica (psicanálise). Essa palavra tem origem no termo behavior, que em inglês significa comportamento ou conduta.
            Em 1913, foi publicado um artigo com o nome “Psicologia: como os behavioristas a veem” da autoria do psicólogo estadunidense John Watson (reconhecido como pai do Behaviorismo Metodológico). Mais tarde, em 1914, na obra de 1914 intitulada Behavior, Watson abordou mais uma vez o conceito de psicologia do comportamento. Watson se baseou em teorias e noções de vários pensadores e autores como Descartes, Pavlov, Loeb e Comte.
             O behaviorismo contempla o comportamento como uma forma funcional e reacional de organismos vivos. Essa corrente psicológica não aceita qualquer relação com o transcendental, com a introspecção e aspectos filosóficos, mas pretende estudar comportamentos objetivos que podem ser observados.
De acordo com Watson, o estudo do meio que envolve um indivíduo possibilita a previsão e o controle do comportamento humano.
Behaviorismo, de John B. Watson
Segundo Watson, os seres humanos já nascem com certas conexões estímulo-resposta herdadas e chamadas reflexos. Aprendizagem ocorre a partir de um condicionamento destas conexões bem como na construção de novas conexões estímulo-resposta através do condicionamento clássico pavloviano. Para ele o meio ambiente exerce uma grande influência sobre o indivíduo. Sua maior preocupação é com os aspectos observáveis do comportamento, uma vez que para ele todo comportamento é aprendido. Por isso ele se preocupa mais com o que as pessoas fazem, do que com que as pessoas pensam.
Para a elaboração de sua teoria, realizou estudos com crianças, quando pôde verificar que estas não exibem medo quando são, por exemplo, apresentadas pela primeira vez a um gato, ou a um cão, ou a outros animais. E isso se deve ao fato de que as crianças ainda não aprenderam a ter medo destes seres.
O experimento clássico de Watson foi o que ele realizou com uma criança que ao ser apresentada a um rato branco, num primeiro momento, não manifestou medo. No entanto, após a combinação do rato a um som estridente, durante sete vezes, a visão do animal se transformou de forma tal que foi suficiente para provocar na criança uma forte reação de medo. Com isso ele conseguiu provar que quase todo comportamento humano é aprendido.
Sendo assim, toda atividade humana é condicionada e condicionável em decorrência da variação na constituição genética. Contudo, é possível construir uma multiplicidade de novas conexões estímulo-resposta através do condicionamento clássico pavloviano. Para Watson, quase todo comportamento humano seria aprendido.
Desse experimento, Watson concluiu que o meio ambiente exerce uma grande influência sobre o indivíduo. Apoderando-se do condicionamento de Pavlov e combinando-o com ideias que ele mesmo havia desenvolvido, Watson apresentou ao mundo a posição que chamou de behaviorismo.
Watson é o fundador do behaviorismo no mundo ocidental. O principal objetivo do enfoque behaviorista é explicar o relacionamento entre estímulos, respostas e consequências (boas, más ou neutras). Ou seja, aprendizagem é um condicionamento clássico e que depende do meio externo.
A doutrina de Watson procura observar os dados do comportamento exterior com eliminação total da consciência. O behaviorismo criado por Watson teve enorme influência na psicologia e na instrução, ao descartar o mentalismo em favor do comportamentalismo.
A principal contribuição do behaviorismo a contestação ao mentalismo, que fazia a distinção entre corpo e mente. Segundo Watson, todo comportamento, ou seja, tudo o que pensamos, sentimos, dizemos ou fazemos envolve, em graus variáveis, atividade de todo o corpo.

Behaviorismo radical de Skinner

O behaviorismo radical, conceito proposto pelo psicólogo americano Burrhus Frederic Skinner, era oposto ao behaviorismo de Watson. Segundo Skinner, o behaviorismo radical é a filosofia da ciência do comportamento humano, onde o meio ambiente era o responsável pelo comportamento humano. Esta vertente do behaviorismo teve grande popularidade no Brasil e nos Estados Unidos
Skinner era claramente contra a utilização de elementos não observáveis para explicar a conduta humana. Assim, os aspectos cognitivos não são considerados, porque o ser humano é visto como um ser homogêneo, e não como um ser que é composto pelo corpo e mente.
O behaviorismo radical contempla os estímulos dados aos indivíduos pelo meio ambiente. De acordo com Skinner, esses meios eram conhecidos como punição, reforço positivo e reforço negativo.

Behaviorismo na educação

No âmbito da educação, o behaviorismo remete para uma alteração do comportamento dos elementos envolvidos no processo de aprendizagem, sendo que essa mudança nos professores e alunos poderia melhorar a aprendizagem. Para Watson, a educação é um importante elemento capaz de transformar a conduta de indivíduos.
Além disso, Watson acreditava que com os estímulos específicos, era possível "transformar" e "moldar" o comportamento de uma criança, para que ela pudesse exercer qualquer profissão por ele escolhida.

A GESTALT
Significado do tema: é um termo de difícil tradução. O termo mais próximo em português seria forma ou configuração que não é utilizado  por não corresponder exatamente o seu real significado em psicologia.
Seus fundadores são: Max Wertheimer, Wolfgang Kohler e Kurt Koffka.
Os Geltastistas estavam preocupados em compreender quais os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica  quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente da que ele tem na realidade.
Psicologia da Gestalt – a percepção mostrando-nos que esta nos é dada por um todo.

Diferenças entre behavioristas e Geltastistas

Behavioristas à Há uma relação  de causa e efeito entre o estímulo e a resposta.

Gestaltistas à Entre o estímulo que o meio fornece e a resposta do estímulo, encontra-se o processo de percepção.
A teoria da Gestalt afirma que não se pode ter conhecimentos do todo através das partes, e sim das partes através do todo. Que os conjuntos possuem leis da percepção da totalidade é que o cérebro pode de fato perceber, decodificar e assimilar uma imagem ou um conceito.
O psicólogo austríaco Christian Von Ehrenfels lançou em 1980, as bases do que viria a ser os estudos da Psicologia da Forma.
A primeira “forma fisiológica”, é aquela que constitui um verdadeiro organismo, que assim como um corpo vivo é composto em partes indissociáveis.
A segunda “forma física” é aquela constituída em equilíbrio perfeito de seus elementos.
A forma psicológica, o verdadeiro objeto de interesse da Teoria da Gestalt, é o aspecto subjetivo (isto é, não material) das formas fisiológicas e físicas. Ela só existe na percepção humana  é nesse contexto que a Gestalt a analisa. É ela, pois a forma que nós observamos quando percebemos uma imagem e através dela podemos realizar nossas representações e assimilações de informação. A outra grande (e talvez a mais importante) descoberta da Teoria da Gestalt foi a chamada “Lei da Pragmância” ou “Boa Forma”.

Leis Geltastistas da Organização

A Teoria da Gestalt, em suas análises estruturais, descobriu certas leis que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão das imagens e ideias. Essas leis são nada menos que conclusões sobre o comportamento natural do cérebro quando agem no processo de percepção.
Os elementos constituídos são agrupados de acordo com as características que possuem entre si, como semelhança, proximidade e outras que veremos a seguir.
São estas, resumidamente, as Leis da Gestalt:
– Semelhança: os objetos tendem a se agrupar.
– Proximidade: os elementos são agrupados de acordo com a distância a que se encontram uns dos outros.
– Pragmância ou Boa Forma: todas as formas tendem a ser percebidas em seu caráter mais simples. É o princípio da simplificação natural da percepção.
– Clausura ou Fechamento: o princípio de que a boa forma se completa, se fecha sobre si mesma formando uma figura delimitada.
– Experiência passada: certas formas só podem ser compreendidas se já a conhecemos ou se temos consciência prévia de sua existência.


Nenhum comentário:

Postar um comentário