sábado, 27 de maio de 2017

ÉTICA EMPRESARIAL



            A correlação entre os pontos resume-se no fato de que as organizações atuais se concentram em princípios ético apenas elementares quando deveriam se apoiar nos princípios universais dos direitos humanos, aplicadas também à ética econômica, e que a comunicação deste, com outros setores da sociedade,  é elemento fundamental,  no sentido de articular ações, objetivando o bem comum.
            Os princípios éticos são as normas de conduta do ser humano e se referem aos direitos universais e  respeito e valorização da vida. Nesse caso, quando se fala em vida, refere-se a qualquer tipo de vida, ou seja, não apenas à vida humana, mas toda a vida do planeta. Isso quer dizer, no caso da ética empresarial, as empresas devem assumir uma política objetivando o bem comum,  com um desenvolvimento sustentável,  e socialmente responsável. Uma vez que toda ação humana, explora ou interfere no meio ambiente, as empresas, em suas atividades, em média ou larga escala, e adotando os princípios éticos de respeito e valorização da vida, devem assumir compromisso de minimizar essas atividades ou compensá-las de forma a amenizar os efeitos prejudiciais ao meio ambiente, e consequentemente a todos.
             Segundo os estudiosos citados, as empresas estão seguindo apenas os princípios ético elementares o que leva a supor que assumem condutas, apenas as necessárias para se manter no mercado. Nesse caso, questiona-se a existência de mecanismos capazes de “conscientizar” essas empresas, do caráter imperioso de se tomar medidas que vão além do elementar.
            Considera-se que organizações civis, inclusive internacionais e o poder público devem adotar medidas severas no sentido de penalizar empresas que não adotem uma conduta condizente com a ética econômica.
            Em recente notícia veiculada no site da Revista Exame, foi propogado que o Banco do Brasil e a Natura, empresa de cosméticos, figuram  na lista  das empresas mais éticas do mundo, no ano de 2014, elaborada pelo instituto de pesquisa Ethisphere. Este é o oitavo ano em que a listagem, não se tratando de um ranking, é divulgada. Ao todo, foram reunidas 144 companhias de 41 segmentos, em 21 países. É um motivo de orgulho para nós, brasileiros, não sendo maior por, entre tantas, apenas duas se destacam. É a quinta vez que a empresa Natura entra na lista. As questões que permitem identificar o desempenho da empresa levam em conta os programa de ética e compliance das empresas (com peso de 20%); sua reputação, liderança e inovação (20%); governança corporativa (10%); responsabilidade social (25%) e sua cultura de ética (20%).  
            Em contrapartida, numa época em que a comunicação se caracteriza pela velocidade da informação e poder de penetração, tornam-se de conhecimento público, casos de corrupção,  como os denunciados recentemente, conhecido como “Lava-jato”, envolvendo empresários,  donos de empresas fortes no mercado, que subornaram funcionários da empresa Petrobrás, em troca de favorecimentos. Ainda assim, acredita-se que muito do que foi feito será encoberto e muitos envolvidos não serão penalizados, devido à própria influência e alto poder aquisitivo. Isso leva à suspeita da existência da corrupção em setores do poder público. Esse fato, devido à enorme proporção que adquiriu, e ao montante absurdo dos valores monetários, quantias que o cidadão comum tem dificuldade de imaginar, tem prejudicado o país de uma forma nunca antes ocorrida. A prática da corrupção, no Brasil, remonta ao período da colonização, segundo historiadores, porém nunca se teve notícia de um atos que estão sendo denunciados agora,e  que causassem tanto prejuízo, ao país e aos brasileiros,  em favor do enriquecimento de outros.

Lécia Freitas



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