segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

DA NATUREZA HUMANA




Acomodar-se é perigoso! Principalmente para quem desce a serra, que nesse caso deve ser feita pelo menos em carrinho de rolimã, ou sentados em algum apetrecho. Por isso, nesta idade, enchi meu coração de lantejoulas, armei-me de um tamborim e saí à caça de algo que me enfeitasse mais que esse batom vermelho que ora trago, e que desse sentido à minha vida. Mais que os pontos de crochê que me amarram nas tardes mornas e sem graça; o amor dos meus filhos, de todos os dias; o prazer solitários de noites compridas e frias, ainda que em mês de qualquer verão (assim tudo misturado, porque tudo é emoção). Porque o suor advindo de um fogo que não se acaba, gela ao sopro da solidão. E assim armada, e desamada, qual cego sedento, busquei onde aplicar meu braille, meus parcos conhecimentos de tatuadora em pele alheia, que aliviasse sede, suor e lágrimas. E encontrei! Tudo! Tirei mofo, teias de aranha, vontade recolhidas. Pudores mal cheirosos, e verdades que já se foram. Soprou vento, tsunami... todos os elementos em festa rodopiaram até o sol raiar. E naveguei em águas revoltas que nem crise de labirintite, ou bebedeira. E planei de asa delta, subindo e descendo nuvens coloridas em loucura de cogumelos ou qualquer outra química. Nutella é feijão com arroz, comparado surrealmente. Mas tive momentos extásicos tão doces e viajantes como em Gilmour ou Alcest. Viver é muito bom, ainda que perigoso, conforme Rosa. Vivi em um dia, ou noite como queiram, conteúdo de anos. No entanto, navegar requer astúcia, e acredito que em coração de outrem, muito mais. É laboroso, tem que dar voltas; calar, às vezes; fazer vontades, que nem sempre são as da gente. Melindres e muito mimo, nem em criança pequena é coisa boa. O perigo é esse: o revertero. Mas teve bom que as lantejoulas continuaram. Certo que agora, ao tamborim, juntou-se uma cuíca que me traz lamentos tristes e chorosos. É a saudade! Mas isso passa, como tudo nesta vida. Eu sou ariana! Persistente, teimosa. Vou continuar tentando. E se não conseguir, não me acusarão de não ter tentado. E se alguém souber de um amorzinho solto por aí, diga-lhe que estou feito Ártemis. E não se escandalize com o dito e mais ainda com o silenciado. Todo mundo faz isso! É da natureza humana.

Lécia Freitas


sábado, 24 de fevereiro de 2018


Todos os dias 
São dias bons para se apaixonar
Eu me apaixonei por você
Todos os dias são bons 
Para viajar
E eu viajei em você
Nos seus beijos sugantes
E nos seus pelos
Que se enroscavam nos meus
Todas as vezes que os caracóis
Pensavam em ser velozes
E que as borboletas invejavam
Os arco íris. 
Os caminhos agora são cinza
E sem trilhas
É que no desamor
Os caracóis esqueceram
De acender novamente as cores.
Eu...eu me perco dentro de mim
De nós.


Lécia Freitas

Eu só queria você para mim
E que me amasse
Feito virgem
Em noite de lua
Entre rendas e fitas
Que me fizesse sua
Teuda e Manteuda
Preferida 
E que me escorresse
Em suor e saliva
Ao som de rocks malditos
Ou de boleros
Dando tom aos quadris
E inveja aos gatos pardos
Que namoram 
E se dão nos telhados
E eu só queria você para mim

Lecia Freitas

A minha vida está em ti
O meu amor está em ti
Por isso eu te espalhei 
Teus pedacinhos 
Atravessam minhas coisas
Atravessam minha vida.
Você inteiro me faz falta.

Lecia Freitas

Na solidão que me atravanca
Apenas sua certeza está aqui
E eu faço versos sem sentido
Como meu amor
Sem sentido
Que não me deixa amanhecer.
O meu amor existe 
Em silêncio, eu grito
Ninguém ouve, a chuva ouve
O meu amor existe.

Lecia Freitas

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018



Envelhecer é complicado quando você percebe que ficou invisível. Além do privilégio de ainda estar aqui ocupando um espaço e incomodando, você não tem mais nada. Porque quando somos jovens, somos bonitos, somos "fodas", e assim escolhemos demais os companheiros de viagem. Em algumas situações, preferimos viajar sozinhos porque a beleza da juventude nos torna autossuficientes. E assim , no final não há ninguém disposto a nos enxergar através da capa da invisibilidade que a inutilidade própria da velhice nos outorga. É preciso, portanto, valorizar o que a vida oferece ainda que não seja o que idealizamos como o melhor para nós. Ao escalar uma montanha, orgulhoso pela energia que é capaz de dispender, lembre-se do que precisará para a volta. Tenha em mente que, ao subir, a única visão é o cimo. As paisagens mais bonitas se descortinam justamente durante a descida. E é lá embaixo que lhe espera a sua plateia.



Lecia Freitas



Reza o poeta, e eu concordo, que o silêncio tem força. Entretanto, se falhar a sintonia, há o risco de ser mal interpretado. Portanto, em muitos casos é necessária a palavra. Que o verbo não seja âncora a limitar o próprio alcance. Que seu voo sirva de instrumento a fazer crescer o ilimitado de uma emoção em nós.

Lécia Freitas



O amor pode perfeitamente passar de um coração a outro mesmo que à distância. Entretanto, ao fazer esse traslado, ele vai se dissipando como névoa no caminho. 

Para viver em plenitude o amor precisa de mãos dadas, confirmando uma energia, como em uma oração em que dedos se entrelaçam formando um só. 
Amor, quando você tem que ficar pedindo, insinuando, insistindo, tentando provar alguma coisa ou buscando provas, é porque chegou a hora de ir embora. Faz é tempo.

Lécia Freitas


LIMBO
desse jeito
prefiro não ser a lembrança
nem do que não houve
não preciso ter um nome
nas suas redes
nem um número na sua cama
não quero ser parte de memória
nem boa nem ruim
não preciso
nem quero
fazer parte de história
quando se é esquecida
no presente
não penso no amanhã
pois nem o meu
sei se vou ter
não preciso que me levantem sonhos
sempre tive os meus
mas não finja o que nunca foi
não permita o encanto
e siga em frente sem olhar para trás
que não vale a pena
o que nunca me deu
ofereça à próxima
certamente há de vir.
Eu nunca existi,
nem até o meio-dia.

Lécia Freitas




domingo, 11 de fevereiro de 2018

Morrer é o maior evento da vida. Porque ja se construiu uma história. Porque já colou em retinas tantas coisas que suscitaram outras e outras, e assim vai se formando uma vida. Porque já se fez nascer tantos amores que se ofertaram para outros corações, criando as trilhas que nos encaminham ao outro. Nascer, não! Quantos nascem a cada dia e ninguém fica sabendo. O morrer, portanto, é um acontecimento que finaliza todos os outros eventos. Porque ao longo do tempo, mantemos alguns deles dentro de nós, mesmo quando nos deteriora, acreditando que tudo vai dar certo. Porque temos medo de ficar sem o sonho. A vida sem sonho é insuportável para o ser humano. E assim, buscamos desesperadamente, para provar que estamos vivos, qualquer ilusão. Criamos qualquer sonho. Mas para que seja bonito e vingue, é preciso o outro abrir a cancela. Senão as impressões serão como um dia nevoento à beira do cais. Como em Zorba, o grego. Ou frio e chuvoso numa roça de cacau de Amado, quando a lama gruda nos pés. Ou naquela casa tenebrosa dos Ventos Uivantes. Não há nada que enfeite de alegria um amor desperdiçado...um tempo desperdiçado...um sonho não reconhecido.

Lecia Freitas







Como é possível!? Eu deixei em suas mãos todos os sonhos meus, eu te amei tanto, e você nem percebeu!

Lécia Freitas



CERTEZAS


Sempre foi amor,
Eu sempre soube no meu coração
E agora quando eu fecho os olhos
e voo longe
Seja noite ou seja dia
A qualquer hora eu sempre te encontro
Não pense que estou em silêncio
Eu ouço sua voz
Eu ouço em meu coração
Não pense que estou quieta
Eu encontro caminhos 
No fundo dos seus olhos que eu vejo
Não pense que não quero
Ainda te beijo todos os dias
E acredite
Eu vou e volto
E faço desse amor 
Todas as minhas certezas
Sempre, sempre foi amor

Lécia Freitas


GUARDADOS


Dei-lhe as minhas palavras
O verso prenhe de afeto
E também de intenções
Dei-lhe os sonhos meus
Os pueris e os intensos
Que me acordam na madrugada
Findando o meu sono em pântanos
De suor e lágrimas.
Roubei da lua, a prata,
Em noite que os grilos sonorizavam
E levei comigo
Junto com a cor da dália
Para enfeitar seu lençol
A força da tormenta não levei
Não lhe dei
Guardei comigo
Está em minha alma
Como o meu amor
Para todo o sempre

Lécia Freitas


sábado, 10 de fevereiro de 2018

A TERCEIRIZAÇÃO DO TRABALHO NO BRASIL


A terceirização do trabalho no país existe a algum tempo no que concerne, por exemplo, na limpeza e segurança, de grandes empresas. No entanto, a regulamentação permitindo a terceirização de outras atividades, com um Projeto de Lei,  gerou bastante discussão  no meio político e na sociedade. As opiniões contrárias argumentam que esse tipo de trabalho pode camuflar  o trabalho irregular, gerando  fraudes, especialmente no que tange às leis trabalhistas. Isso porque, de acordo com  um estudo realizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), as empresas terceirizadas têm como características, entre outras, o fato de se trabalhar mais e ganhar menos, comparados aos empregados contratados. Segundo MACHADO, Procurador do Ministério Público do Trabalho em Piauí, “nem o governo federal acredita na idoneidade das empresas terceirizadas”.  A terceirização torna mais precários os serviços prestados e desrespeitam o trabalhador ao negar os direitos que lhe são próprios, e que se submetem por estar  em situação desfavorável e sem outra opção de emprego.
Contudo, esse não é o principal motivo da polêmica em torno da regulamentação do projeto de Lei. Segundo o texto apresentado para análise, “a justificativa para a terceirização é a redução de custos, melhoria da competitividade, acesso à tecnologia e mão de obra especializada.” Esses argumentos seriam imbatíveis não fossem os dados elencados pelo Dieese, que mostra a grande ocorrência de mortes entre os trabalhadores terceirizados.  Numa comparação com os dados obtidos em uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), referentes aos motivos que levam uma empresa a optar pela terceirização, e de acordo com uma pesquisa realizada na internet, em diversos sítios eletrônicos,  a redução dos custos citada em  primeiro lugar, “ocorre devido aos baixos salários, ao aumento da jornada de trabalho e à falta de investimentos na melhoria de condições de trabalho.” Esses dados comprovam a precariedade na terceirização e o risco enfrentado pelos trabalhadores.
Diante das circunstâncias, pode-se afirmar  que a aprovação do Projeto de Lei citado, deve ser bem discutida  uma vez  que a terceirização do trabalho no país,  ainda se apresenta em um molde de trabalho “arcaico e desumano”, em que visa somente o lucro dos empresários, sem preocupação alguma com o trabalhador, seu bem estar e o de sua família. Além disso, de acordo com o texto apresentado, parece proceder, o temor dos contrários ao Projeto de Lei 4.330/2004, no que concerne ao desrespeito às leis trabalhistas. Sendo assim, a população e principalmente os trabalhadores, com seus sindicatos e órgãos representativos, devem lutar a favor da valorização dos trabalhadores e em prol de melhores condições de trabalho.
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA

SUBSEÇÃO DIEESE - CUT Nacional, Secretaria das Relações de Trabalho/CUT, Secretaria da Saúde do Trabalhador/CUT Terceirização e Desenvolvimento, uma conta que não fecha. DIEESE/CUT: São Paulo, 2011. Disponível em:

Acesso em 15/09/2015

AUTOSSUFICIÊNCIA E DEGRADAÇÃO


Ao contrário do que muitos acreditam não se pode considerar o solo como algo perene, no que diz respeito à parte cultivável. De acordo com o sítio eletrônico A Horta.com  “de todas as terras emersas (fora da água) que formam os continentes e as ilhas do nosso planeta, apenas 10% aproximadamente são cultiváveis.” Essa pequena porção de terra não é suficiente para produzir alimentos para toda a humanidade. Além disso, muitas áreas produtivas estão se deteriorando e a população mundial cresce continuamente. A escassez de alimentos surge, então, como uma realidade.
Todos esses fatores nos remetem à Teoria Malthusiana de que  o crescimento da população mundial acontece em progressão geométrica e faz um  contraponto à produção de alimento em progressão aritmética. Não se cogitou, ainda, pelo menos em grande escala, em um controle da natalidade, como observou Thomas Robert Malthus, o criador da teoria. Sendo assim, a  necessidade de aumentar a produção de alimentos, mais especificamente os grãos, levou a um cultivo exacerbado em todas as áreas cultiváveis. Com isso, muitos países se tornaram autossuficientes na produção de alimentos. Porém, o uso inadequado do solo, como a derrubada de florestas inteiras para a criação de áreas de cultivos e  novas técnicas utilizadas para o aumento da produção, levaram a uma degradação ambiental, acarretando o empobrecimento do solo e alterações no clima. Em razão disso, ocorreu um retrocesso o que tem ocasionado uma  queda crescente na produção de alimentos, em diversos pontos do planeta. Nessa conjuntura,  a segurança alimentar está seriamente ameaçada, no que diz respeito à quantidade e à qualidade de alimentos, uma vez que o uso indiscriminado de fertilizantes e agrotóxicos  na tentativa de aumentar a produção dos grãos, compromete ainda mais  o quadro.
Destarte, o que se deve esperar dos grandes produtores e de toda a humanidade, que haja uma conscientização efetiva no sentido de frear a degradação ambiental,   a criação de  estratégias que levem a uma recuperação do que foi comprometido, o uso responsável de todos os recursos de que ainda se dispõe, e  uma política social capaz de orientar as famílias quanto ao número de filhos, objetivando o bem comum. Somente com ações dessa natureza, urgentes, e com adesão total,  será possível vislumbrar uma esperança para a Terra e para todos nós.

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA:

SOLO, Tipos de. A Horta.com. [S.I.], [201-]. Disponível em:


CONCEITUANDO O SOLO



Para um leigo a definição de solo pode se basear em chão, lugar onde pisamos. No entanto, ela é bem mais ampla e pode se tornar complexa quando se analisa as características e os tipos existentes em cada ambiente. Segundo estudiosos, o solo é formado por uma camada de rocha que ao envelhecer por milhões de anos, e vir à superfície, sofre a ação das intempéries, vai se desgastando, dando origem à camadas, não obrigatórias,   denominadas horizonte de solo. A matéria orgânica proveniente de vegetais e  animais mortos, que se acumulam em cima do solo, a água e os minerais presentes na rocha original, chamada de horizonte R, permitem o crescimento de novas plantas. A idade da rocha, a quantidade desse material e outros fatores como clima, relevo e vegetação é que vão definir  a qualidade do solo.
As características do solo, no ambiente rural, possibilitam ou não a agricultura, sendo que, para cada tipo de solo, recomenda-se o cultivo de determinada planta,  favorecendo um melhor desempenho dessa cultura. Segundo PENA [201-] “o tipo de solo mais fértil e apropriado para agricultura são os de terra roxa, proveniente de rochas vulcânicas,  presente em Minas Gerais, e outros estados próximos, e o conhecido como Massapé, formado a partir da decomposição do calcário, da gnaisse e outras rochas,  localizado ao longo do litoral nordestino”.  Porém, o solo pode se apresentar com variações em um mesmo ambiente. Quando isso acontece, de acordo com o veiculado e de conhecimento público,  medidas são tomadas, seja para corrigir o solo para determinada cultura, ou utiliza-se o local para outra finalidade.
No ambiente urbano, em médias e grandes cidades, a maior parte do solo é recoberta por cimento, concreto e outros, utilizados para a construção de vias e imóveis, no geral. Para isso, segundo o vídeo apresentado como aporte, retira-se a parte do solo denominada  horizonte A, que mantém os seus nutrientes, favorecendo o surgimento de erosões nas partes que ficam descobertas. Esses procedimentos impedem que a água da chuva penetre no solo, acarretando uma série de situações que atuam em cadeia, gerando muita destruição. No litoral, o Espodossolo, é arenoso, pobre em nutrientes e  água.
Diante do exposto, é possível perceber a fragilidade do solo quando sofre a ação do homem, modificando-o. Constata-se mediante as tragédias cada vez mais frequentes,  no ambiente urbano, relacionadas ao tema; o empobrecimento  no ambiente rural, ocasionando improdutividade,  e os desertos e erosões que surgem em qualquer ambiente, destruindo toda a natureza, afetando toda a vida  do (no)  planeta.

REFERÊNCIA BILIOGRÁFICA


PENA, Rodolfo Alves. Tipos de solo no Brasil. Escola Kids, [200-]. Disponível em:
<http://www.escolakids.com/tipos-de-solos-no-brasil.htm>. Acesso em 15/09/2015.









IGUALDADE SEM FRONTEIRAS



A qualificação profissional no Brasil data desde a colonização, quando os trabalhadores eram os escravos e os índios. Por causa disso, essa qualificação sempre foi depreciada, uma vez que era direcionada à parcela mais miserável da população. Nos dias atuais, a qualificação profissional adquire uma importância que lhe assegura atenção por parte do Estado e da sociedade civil como um todo. As políticas públicas têm  se preocupado com o assunto, tentando promover uma inclusão dos mais desfavorecidos no mercado de trabalho, e consequentemente transformar uma realidade, cristalizada, devido a séculos de desigualdade social.
A busca incessante por melhores condições de vida impulsiona os jovens a almejar profissões com salários mais convidativos. No entanto, essas profissões requerem anos de estudo e qualificação por meio de cursos, fora do alcance da classe mais pobre.  O Estado vem proporcionando por meio de bolsas e cursos profissionalizantes essa possibilidade. Um dos programas mais conhecidos é o Serviço Nacional de Aprendizagem, (SENAI) que forma jovens com reconhecida qualificação profissional, porém perpetua a condição de operário.
Atualmente um número significativo de jovens alcança um alto grau nos estudos, inclusive em Universidades no exterior, com a ajuda do Governo Federal, em projetos como o  Ciências Sem Fronteiras, por exemplo. Contudo, somente os mais dotados e, muitas vezes, com sorte, consegue concretizar o evento. Infelizmente, o acesso ao que há de melhor na cultura, ao que há de mais belo criado pela humanidade, ao conhecimento, é privilégio de alguns. Entre esses, não estão incluídos os estigmatizados. Além disso, as oportunidades oferecidas pelo Governo não estão ao alcance de qualquer um, devido, inclusive a favorecimentos  políticos.
Sendo assim a grande “massa” dos excluídos ainda permanece no ostracismo, seja por parte das políticas públicas, seja pela sociedade. O que se pode observar é a continuidade de um estigma imposto por uma elite dominadora que segrega e ignora. As raízes dessa realidade são bem profundas e quase imutáveis, por se camuflarem, extrapolam os princípios da democracia, que dizem existir no país. A única esperança de mudança seria, em longo prazo,  uma educação de qualidade justa e igualitária. Que as oportunidades fossem distribuídas, a todos que a buscassem sem privilégios, sem apadrinhamentos políticos. O jovem brasileiro menos favorecido não precisa de assistencialismo, e sim, do reconhecimento de seu valor e capacidade.





ÉTICA: Devo, posso, quero?


ÉTICA: DEVO, POSSO, QUERO?
Ser ético é uma das questões mais importantes no contexto de nossa sociedade atualmente. A ética é inerente ao homem, uma vez que é estruturada entre as relações sociais.  Somos éticos quando questionamos nossas ações em relação ao outro, portanto, a ética faz parte da conduta humana. Sendo assim, o comportamento considerado ético pode variar, de acordo com o país e seus costumes, Isso quer dizer que o que é ético aqui, pode ser absurdo em outro lugar.
A Ética é a ciência que estuda os valores morais que regem o comportamento dos homens na sociedade. Moral e Ética sempre andam juntas, porém seus sentidos são distintos. A moral vem dos costumes; a ética analisa, questiona esses costumes. A partir do momento que a moral se torna mais abrangente, atingindo um grupo, surge a necessidade de normatizar esses costumes para o próprio bem e equilíbrio do grupo. Assim nasce a Ética.
Ser ético pressupõe escolha: escolhemos ser éticos quando tomamos determinada decisão. Por exemplo: não é costume, em nossa cultura andarmos nus pela rua. Isso faz parte da moral. Se alguém o fizer, certamente sofrerá consequências. “Furar a fila”, fazer fofoca é uma escolha pessoal: é contra a ética. Nesse sentido, a moral pode confirmar um hábito, mas a ética o questiona e esse procedimento é mediado por princípios que levam ao reconhecimento do outro.
Nem sempre a ética é boa. Isso acontece quando ela beneficia apenas um grupo dominante. Para ser boa, a Ética deve ser igual para todos, com valores universais. Assim a moral são os nossos costumes e valores, que a ética direciona, tornando-os normas e podendo readaptá-los, de acordo com os questionamentos realizados pela própria ética. Segundo Mário Sergio Cortella, conhecido filósofo e palestrante, ser ético é exatamente como o homem compreende três grandes questões da vida: devo, posso, quero? Dessa forma, uma comunidade sem ética torna-se  inviável, uma vez que ela determina valores necessários à convivência humana com dignidade e respeito. A ação movida pela ética é um dos fatores que nos diferencia dos outros animais e confere distinção à raça humana.
O comportamento ético dentro das empresas deve partir não somente do empregado, mas, principalmente, do empregador, que deve pautar suas ações e de sua empresa com lisura, honestidade e responsabilidade fiscal. A ética deve fazer parte integrante dos valores, da missão e da visão de uma empresa, e presente no dia a dia, sendo observados desde o executivo até os colaboradores de níveis hierárquicos inferiores. Manter o respeito entre os funcionários, no que diz respeito à diversidade, às práticas de assédio moral e sexual, e reprimir as arbitrariedades hierárquicas são pontos importantes a serem observadas num código de ética de uma empresa. Além disso,  uma empresa ética não deve  tentar burlar leis, criando normas coercitivas à propina e corrupção, nem prejudicar quem quer que seja, principalmente, tentar enganar o cliente, sob qualquer aspecto, ainda que em detrimento do lucro.
Ao empregado é preciso compreender que o ponto de partida para uma conduta ética é sempre a valorização e o respeito ao próximo, mesmo que as pessoas que o rodeiam ou a empresa onde trabalha, pensem e ajam de  forma diferente.






GERAÇÃO DE RENDA


As mudanças que ocorreram no país,  reflexo do que acontece no mundo,  referentes ao mundo do trabalho,  levou uma parte da população a buscar alternativas para a geração de renda. Essas mudanças aconteceram, em parte devido ao capitalismo que sugere competitividade, e ao avanço tecnológico que supre grande parte da mão de obra assalariada, ocasionando um enorme contingente de desempregados, uma vez que  a baixa escolaridade, falta de especialização e até a idade dificulta a reinserção dos trabalhadores no mercado.
Nessa conjuntura, pessoas ativas e solidárias se uniram em projetos com o objetivo de conseguirem uma ocupação e gerar renda. As estratégias utilizadas pelos trabalhadores desempregados tomaram vulto, e hoje são reconhecidas pela sociedade, como uma tentativa dos trabalhadores manterem sua autonomia, coletivamente, o que caracteriza os empreendimentos denominados como uma economia solidária. Outra característica que define bem essa estratégia, para permanecer  na ativa e gerar renda, é a autogestão de tudo que é produzido e comercializado, de bens e serviços.
De acordo com economistas e estudiosos, a economia solidária pode ser definida como um empreendimento centrado na valorização do ser humano, com bases no cooperativismo, com valores distintos aos do capitalismo, quais sejam a união, autonomia, igualdade, solidariedade, etc. Nesse sistema, nada é feito isoladamente, todas as decisões são tomadas em grupo e o  coletivo sempre vem em primeiro lugar, em detrimento do lucro.
Sobre as estratégias dos trabalhadores frente ao sistema capitalista considera-se viável  a primeira, porém  somente se o trabalhador tiver uma segurança financeira, habilidades e competências  específicas, como empreendedorismo, para montar um negócio. A estratégia de número 2 requer uma especialização, ou seja, um curso técnico para ter condições de negociação.  Seria interessante observar a idade do trabalhador, devido a condições físicas e de saúde. A terceira estratégia, que remete ao coletivismo, apresenta-se como a mais viável, desde que bem estruturada e organizada, lembrando que em alguns casos o trabalho pode ser incessante e a dedicação deve ser redobrada. Os princípios que regem o cooperativismo devem ser sempre observados, como a igualdade e união.  Um exemplo de sucesso em nossa região é a Cooperativa  dos Produtores de Leite  de Pará de Minas — COOPARÁ.
O enquadramento do autor nas estratégias é possível, em todas elas,  uma vez que pertence ao mercado de trabalho formal, com pretensões de seguir carreira de acordo com o Curso escolhido, em andamento nesta faculdade.






INTEGRAÇÃO DOS ELEMENTOS: subsídio para a vida terrena.



A importância do solo para a continuidade da vida no planeta, embora não seja reconhecida, torna-se latente diante da enorme crise que se avizinha na produção de alimentos, e que pode ser constatada pelas constantes notícias da fome que assola os países mais pobres. Essa situação também ocorre em países populosos, como o Brasil, onde há uma produção de alimentos suficientes,  porém mal distribuída devido à geografia diversa do país, com todas as suas especificidades,  e a ações ineficientes ou inexistentes do Governo, para contornar essa situação.
Nesse contexto pode-se afirmar que o cuidado com o solo é primordial, tendo em vista que todos os elementos da natureza, e em consequência suas reações,  dependem da harmonia existentes entre eles. Isso quer dizer que quando qualquer outro recurso é afetado há uma reação em cadeia que pode ocasionar a degradação do solo. Segundo o texto apresentado para aporte “Importante é reconhecer que a degradação ambiental está relacionada com a concepção que as pessoas, individual ou coletivamente, têm da sua relação com a natureza, com o meio ambiente.” A utilização de tecnologias inadequadas e a destruição da cobertura vegetal, principalmente por queimadas na limpeza da área entre o plantio, são grandes responsáveis por esse  fenômeno, levando à erosão ou desertificação de grandes espaços, tornando impraticável toda a atividade humana. Ressalta-se a importância da utilização de práticas para conservação das nascentes, uma vez que é fundamental a conservação de água no solo, para manter a fertilidade necessária para a agricultura e outras ações  humanas. Deve-se observar a extração consciente dos recursos minerais e, principalmente, da madeira nas grandes florestas, responsáveis pela manutenção do clima, que interfere na qualidade do solo.
Além da escassez dos alimentos, outro grave problema que se avoluma em muitas cidades brasileiras, de diversas regiões, a falta de água para o abastecimento nas residências, se constitui como uma triste realidade. Uma vez que os recursos da natureza se integram, pode-se afirmar que a degradação do solo, devido ao desmatamento das matas ciliares, vem ocasionando a morte das nascentes, alterando todo o clima  e, consequentemente,  provocando a seca.
 Diante desse quadro, a população tem mostrado  atitudes  quanto a evitar  desperdício de água e demonstrado sinais   de mudanças de comportamento, no que diz respeito á conscientização ambiental. Em razão disso, cada vez mais, constata-se a importância da preservação harmônica de todos os elementos da natureza, sem os quais, torna-se impraticável as atividades humanas e a ocorrência de vida no planeta.


A CONSCIÊNCIA E O DIREITO



O adágio nos lembra de que consideramos liberdade como o direito de tomarmos decisões, de acordo com nossas escolhas e gostos individuais, mas ela termina no momento em que interfere na liberdade e bem estar do outro. Ser livre pressupõe poder fazer o que quisermos, no entanto esse direito é cerceado no momento em que confronta os direitos básicos do outro enquanto ser humano. Compreende-se que as normas e princípios que regem a vida e os direitos do homem, estão acima do direito de cada um à liberdade. Sendo assim, a liberdade também é uma questão de limites que cada um se impõe, ao reconhecer o direito do outro. A autonomia nos conscientiza desses limites.

Lécia Freitas

PODER REAL DE DESTRUIÇÃO



            Desde 2013, com os preparativos para a Copa das Confederações,  devido aos gastos com o dinheiro público e porque uma parcela da população acreditava que o país não estava preparado para esse evento, e com a insatisfação pelo aumento das passagens do transporte público, “estourou uma onda” de protestos, no Brasil. Com o apoio de milhares de participantes, os protestos se estenderam a temas relacionados a problemas sociais e ineficiência dos serviços públicos, entre muitos outros. Cada cidade que aderiu aos protestos, tinha a sua própria pauta.
Devido aos protestos do mundo real, foram verificados enormes prejuízos, em razão dos prédios e ônibus destruídos e danificados, casos de prisões por causa dos excessos, feridos e até morte. Em 2014 os protestos continuaram dessa vez devido à realização da Copa do Mundo, e em 2015, os protestos, agora com teor político, trazem uma verborragia obscena, porém sem violência.
Esses protestos foram conclamados nas redes sociais, onde os mais variados grupos combinaram as ações, segundo o noticiado na época. E foram verificados também nas redes sociais, nesse caso, com a mesma linguagem obscena e altamente ofensiva. Tornou-se praticamente impossível manifestar uma opinião sobre qualquer evento político, ou mesmo referente a temas sociais, principalmente racismo, religião, homofobia, sem que as pessoas contrárias se sintam ofendidas e revidam da forma mais violenta possível. Acredita-se que seria suficiente acender um estopim para a deflagração de uma guerra. Pessoas comuns, em uma rede social, podem manifestar seu rancor, e atingir milhares de pessoas, arrastando-as para o mesmo clima de ódio. Acredita-se, também, que as manifestações deste ano, tiveram volume, devido às conclamações das redes sociais. O ódio foi declarado abertamente, mas não houve violência. Pelo menos, não foi noticiado. Aliás, nas redes sociais, os protestos continuam no mesmo teor, com ataques  verbais do mais baixo calão.
Os primeiros protestos, citados acima, foram de uma violência absurda. No dia seguinte, as cidades pareciam praça de guerra. Houve conclamação, também pelas redes sociais, mas a violência aconteceu, em parte pelos motivos que levaram aos protestos e porque realmente a raiva das pessoas estava ali, no mundo real. Além disso, havia uma simpatia, pelos motivos que levaram aos protestos, de grande parte da população, que aderiu,  o que não ocorre nos protestos seguintes.
O que se pode concluir é que protestos no mundo real são mais destrutivos e podem até surtir efeito, como foi o caso de algumas mudanças reivindicadas nos primeiros protestos. Algumas das mudanças foram atendidas logo que possível outras de acordo com as possibilidades, mas comprovou a validade dos pedidos.
Considera-se que se esses pedidos fossem feitos nas redes sociais, ainda que por milhares de pessoas, não teriam sido atendidos. O que se pode  observar, ao longo desse tempo todo, é que muitos outros temas são relacionados nas redes sociais, e embora haja adesão de milhares, concordando ou refutando, não se percebe nenhuma mobilização de órgãos competentes ou instituições no intuito,  sequer, de analisar o que quer que seja.
Percebe-se, sim que  muitas pessoas que ficam o dia todo na internet insuflando uns contra  os outros, são inconsequentes, e,  talvez,  nem têm uma causa por que lutar. Não se importam realmente com os problemas existentes, querem apenas “causar”. As redes sociais e seus usuários são capazes de espalhar um ódio sem precedentes, terrível, capaz de  fomentar uma guerra, mas o que é real tem maior poder de destruição, e talvez por isso, mais visibilidade. Sendo assim, as reivindicações têm mais chances de serem atendidas.






O TAMANHO DO MUNDO


Não se pode imaginar o mundo hoje sem a internet e sem suas redes sociais. As pessoas mais velhas, quando se  lembram, são unânimes em afirmar que era tudo muito diferente. A internet colocou o mundo inteiro, com todas as suas maravilhas e possibilidades em nossas mãos.
Quando imaginamos que há pouco mais de 50 anos a televisão com imagem colorida chegou ao país, e que apenas na década de 90, a população teve acesso aos computadores, podemos afirmar que  evolução tecnológica deu um pulo fantástico. Em muito pouco tempo a internet invadiu o mundo, e hoje ela é acessível em diversos aparelhos. Assim também como nas escolas, espaços públicos, lans houses, etc. E também um número enorme de redes sociais. Com isso, podemos falar com várias pessoas do outro lado do mundo, e ao mesmo tempo. Podemos trocar ideias também, com a pessoa sentada na mesa ao lado, sem ela saber quem é. Isso tudo é extraordinário.
As redes sociais, como ferramentas de comunicação, trazem notícias no momento em que acontecem. O mundo então fica sujeito a um clique. O que antigamente, levava dias, meses, para ser alcançado, notificado, hoje se resolve em um segundo. Pode-se saber noticias de parentes que estão longe, ter milhares de amigos, e se comunicar com todos eles, sem sequer sair do quarto. E é aí que está o lado negativo das redes sociais.
Antes dos computadores, e sua incrível capacidade de absorção, as famílias, e os amigos, se encontravam para matar saudades, faziam refeições em conjunto, confraternizavam, resolvendo questões, fortalecendo vínculos. Hoje, ainda fazem algumas dessas atividades, porém virtualmente. Não se veem, não se falam no mundo real, e com isso as relações vão se enfraquecendo, tornam-se quase que abstratas, porque perdem significação, o sentido que concretiza nossos sentimentos.  Com os computadores e as redes sócias o mundo ficou menor, mais fácil, talvez mais interessante. Mas perdeu colorido, calor, sensibilidade. O som que mais se ouve não é de gargalhadas, o máximo da alegria, mas o aviso da mensagem que acabou de chegar. Isso nos limita, escraviza e nos deixa mais  pobres.

Logo, pode-se afirmar que  as redes sociais é uma ferramenta que ao mesmo tempo que aproxima pessoas que estão muito longe,  afastam aqueles que estão mais próximos de nós, quando preferimos conversar por meio de uma máquina ao invés de fazer isso pessoalmente. Portanto, é preciso discernimento. Que haja limites. Que saibamos usar as redes sociais e não ser usados por elas. 

O EXEMPLO E A IMPUNIDADE


            A prática da corrupção, no Brasil é tão comum, que o assunto já se banalizou. Existem piadas que afirmam a sua ocorrência desde o inicio da colonização. Uma das características do brasileiro é não levar a vida tão a sério, encarando os problemas do dia a dia com bom humor e leveza. Até aí tudo bem, mas o humor que se atribui à questão da corrupção criou uma imagem do ato que não condiz com a sua real natureza.
            A conhecida “Lei de Gerson” ou o “jeitinho brasileiro” são conhecidos, inclusive no exterior, trazendo uma conotação negativa dos brasileiros, mas que infelizmente, são verdadeiros. Pessoas cometem ações, infrações, pequenos delitos, e corrupções, e o que é pior, não se dão conta de que estão fazendo algo errado. Na verdade, se vangloriam porque são espertas, porque passaram na frente de alguém.
            As práticas de corrupção nos grandes escalões da política e do empresariado, no Brasil são tão absurdas, grandes, e envolvem tanta gente, que a população não consegue acompanhar, dimensionar o estrago que faz, o mal que causa na vida dos brasileiros e do próprio país. Há alguns anos, antes que fosse implantada a democracia no país, já existia, e muito, a prática de corromper por dinheiro ou favores. Porém, não era noticiado. Atualmente, com o novo sistema político, parece que está mais fácil descobrir e punir os praticantes da corrupção. Isso no meio político e empresarial.
            Ao brasileiro comum que pratica atos condenáveis, nenhuma punição. Pessoas assim acreditam que se os outros fazem, posso fazer também.  Eles se espelham, no político que rouba milhões, e em qualquer um  que rouba centavos. Às vezes, nem precisa disso, rouba por graça, por se considerar com mais direito que o outro, por hábito. E fala mal de qualquer ladrão, condenando qualquer um que se descubra. Rouba, mente, engana, prejudica, mas se vê como um  cidadão do bem cumpridor de seus deveres. Então  há o exemplo e a certeza da impunidade
            Pessoas comuns, mas  que detém algum poder, político ou aquisitivo sabem que, por isso mesmo não serão delatados, nem pagarão de forma alguma por seus delitos, porque compram o silêncio de todos. Casos de pessoas que fingem estarem mal para serem atendidas primeiramente pelos médicos, que apresentam dados falsos param se cadastrarem nos programas sociais, que se dizem da raça negra e, portanto, com direito às cotas nas faculdades, sabem que ficarão impunes porque ainda que outros tenham conhecimento do fato, ninguém gosta de se envolver nesses casos.
            É bem possível que esse comportamento lamentável tenha sua origem, e agravado, com as práticas deslavadas dos corruptos, mas naturalmente que não justifica. E não se pode afirmar que as duas características citadas acima representam o brasileiro, porque não são todos assim.  São conhecidos casos de pessoas, bem humildes até,  que encontram grandes quantias de dinheiro e devolvem. E no dia a dia, sempre encontramos pessoas honestas, de bem, que têm como normas de conduta não prejudicar ninguém, mesmo desconhecidos.  


PLURALISMO E SECULARISMO
            Pode-se afirmar que a sociedade moderna é marcada pelo pluralismo em diversos campos o que deve caracterizar nossa era como tolerante e de boa vontade. A capacidade de aceitação do outro com suas particularidades extrapola princípios religiosos e alcança patamares entendidos  como níveis   de caráter, e de pessoas esclarecidas. Pessoas que conseguem se relacionar ou pelo menos aceitar as diferenças de qualquer natureza, nas diferentes culturas existentes e cada vez mais conhecidas, são vistas como pessoas inteligentes e de boa índole. Segundo  Rawls essa situação é o resultado de uma sociedade livre, cujos cidadãos exercitam sua razão em uma democracia liberal O resultado disso é a liberdade humana e uma sociedade mais justa.
            De acordo com essa situação descrita por Ralws pode-se afirmar que a sociedade caminha para uma secularização. O domínio religioso único exercido na sociedade nunca foi benéfico, porque limitava a  criatividade humana, a liberdade e a expansão da própria Ciência.
Nesse sentido, o pluralismo trouxe a liberdade em todos os  âmbitos e o crescimento da própria consciência. Contudo, se antes  a sociedade se agregava em torno de algo, ou seja a religião,   que agora se fragmenta em verdades individuais a humanidade corre o risco de buscar essa união em torno de falsas verdades. Em seu discurso Habermas, filosofo alemão, sugere que entre o laicismo e o fundamentalismo, seria interessante uma terceira via em que houvesse um entendimento e uma aprendizagem recíproca entre os dois lados.
            Os excessos cometidos pelo fundamentalismo religioso leva Habermas, e outras pessoas,  a se voltarem para  o laicismo. No entanto, para ele a exclusão da religiosidade pode “privar a sociedade da fundamentação do sentido e das identidades”. Essa questão mostra que o melhor caminho é o reconhecimento de que  a sociedade deve buscar bases comuns e diálogos para o respeito mutuo e a convivência pacífica e inclusiva.




terça-feira, 6 de fevereiro de 2018


Também é verdade que algumas pessoas, por significarem tanto, conseguem voltar à vida em nosso coração. Na verdade, nunca morreram de fato! Tentamos, mas como matá-las se precisamos delas para nossa própria existência? É quando o sentimento transcende a compreensão humana...


Lécia Freitas

domingo, 4 de fevereiro de 2018


O amor, para mim, sempre foi uma ilha no meio do oceano que eu devesse alcançar. Ilhas são fixas, mas as águas não. Eu nado, todos os dias, mas as águas se movem tanto, e existem os redemoinhos, e eu nunca alcanço, nunca alcanço...

Lécia Freitas